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DESEMPENHO E SUSTENTABILIDADE |
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Nos dias atuais, projetos arquitetônicos de alto desempenho valorizam os aspectos de conforto e sustentabilidade dos empreendimentos desde a sua concepção, contando com consultorias de equipes multidisciplinares para compatibilizar e equalizar as variáveis conflitantes por meio de simulações computacionais e medições in loco.
Nesse contexto, a norma de desempenho, que torna obrigatória a aplicação de requisitos mínimos de qualidade a todos os residenciais construídos a partir de 2013 no país, trouxe avanços significativos ao segmento.
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Marcelo Nudel concorda com essa avaliação, mas faz um contraponto. Se por um lado vê “um inegável avanço no setor” – referindo-se “à nata dos escritórios de arquitetura e das incorporadoras do Brasil”, que apresentam “um ótimo nível de compreensão técnica e implementação sistemática dos requisitos relacionados ao conforto ambiental da norma de desempenho em seus projetos” – por outro lado faz questão de dizer que tais empresas são “exceções à regra”.
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“A norma de desempenho ganhou força por conta de uma safra recente de empreendimentos residenciais elaborados sob uma nova ótica de mercado”, diz o consultor. “Na última década, muitas incorporadoras familiares e tradicionais se modernizaram. Surgiram também novas incorporadoras modernas, muitas delas fundadas por ex-sócios e ex-diretores de grandes empresas.”
Para o arquiteto, “nessa nova dinâmica, as boas incorporadoras e escritórios de arquitetura já compreendem que possuem, juntamente com construtores, a corresponsabilidade pelo desempenho global dos empreendimentos que criam”. |
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“Além de cumprir uma exigência legal, essas empresas buscam criar produtos de melhor qualidade visando posicionamento de mercado e competitividade.” Contudo, segundo Nudel, a maioria dessas empresas “está concentrada em São Paulo”.
“A norma de desempenho e seus requisitos de conforto ambiental ainda são pouco disseminados nacionalmente, mesmo em algumas capitais brasileiras, e me arrisco a dizer que uma porcentagem majoritária de unidades habitacionais que produzimos em nosso país não cumpre com esses requisitos, seja parcialmente ou totalmente”, declara. “Esse cenário precisa ser mudado”, conclui o consultor.
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