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GlassecViracon Abril 2019 - EDIÇÃO Nº 68  
Boletim do Vidro
 
 
Mercado
 
Conforto ambiental   Parâmetros para o
conforto ambiental


  No mundo todo, a melhoria da qualidade ambiental das edificações ganhou impulso com os mecanismos exigidos para a obtenção de certificações como o Leed, criado nos anos 1990, nos Estados Unidos.

O Brasil não foi exceção. O novo paradigma de construção sustentável encontrou espaço fértil no país, que hoje consta entre os líderes mundiais em projetos com essa certificação nos segmentos comercial e corporativo.

Mais recentemente, a qualidade dos residenciais brasileiros também ganhou um novo aliado com a entrada em vigor da revisão da NBR 15.575, conhecida como norma de desempenho, com impactos positivos na cadeia produtiva da construção civil.
 
 
SOLUÇÕES INTEGRADAS
 
Embora conceitualmente a sensação de conforto seja subjetiva, os critérios para defini-lo e mensurá-lo são hoje bastante claros. “No ambiente construído, os principais aspectos que definem o conforto ambiental são o desempenho térmico, acústico e lumínico, preferencialmente através de luz natural”, afirma o arquiteto e urbanista Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores Ambientais. Para ele, “muitas vezes esses três parâmetros conflitam entre si, sendo necessário que se concebam soluções integradas”.
  Marcelo Nudel
 
O arquiteto trabalha com o conceito de “conforto ambiental integrado” – “a prática de compatibilização ou otimização entre esses fatores”. “É física pura!”, diz, fazendo analogia com um fato mais palpável. “É como o equalizador de um aparelho de som: mexer em um parâmetro afeta diretamente os outros, e o especialista em conforto ambiental integrado deve ser capaz de sugerir o ajuste fino ideal para todas as variáveis que afetam o conforto humano”.
 
Conforto ambiental integrado   Perguntado se a aplicação e a avaliação desse requisito podem variar de acordo com a tipologia da edificação – residencial, comercial ou corporativa –, o consultor é taxativo: “O conceito e a metodologia de aplicação de conforto ambiental integrado são imutáveis. O que varia conforme a tipologia são as metas e métricas de desempenho térmico, acústico e lumínico. Cada tipo de edifício requer estratégias específicas de forma a atender seus usuários.”
 
 
DESEMPENHO E SUSTENTABILIDADE
 
Nos dias atuais, projetos arquitetônicos de alto desempenho valorizam os aspectos de conforto e sustentabilidade dos empreendimentos desde a sua concepção, contando com consultorias de equipes multidisciplinares para compatibilizar e equalizar as variáveis conflitantes por meio de simulações computacionais e medições in loco.

Nesse contexto, a norma de desempenho, que torna obrigatória a aplicação de requisitos mínimos de qualidade a todos os residenciais construídos a partir de 2013 no país, trouxe avanços significativos ao segmento.
 
Análise computacional de luz natural para edifício residencial   Análise computacional térmica para edifício industrial
 
Marcelo Nudel concorda com essa avaliação, mas faz um contraponto. Se por um lado vê “um inegável avanço no setor” – referindo-se “à nata dos escritórios de arquitetura e das incorporadoras do Brasil”, que apresentam “um ótimo nível de compreensão técnica e implementação sistemática dos requisitos relacionados ao conforto ambiental da norma de desempenho em seus projetos” – por outro lado faz questão de dizer que tais empresas são “exceções à regra”.
 
“A norma de desempenho ganhou força por conta de uma safra recente de empreendimentos residenciais elaborados sob uma nova ótica de mercado”, diz o consultor. “Na última década, muitas incorporadoras familiares e tradicionais se modernizaram. Surgiram também novas incorporadoras modernas, muitas delas fundadas por ex-sócios e ex-diretores de grandes empresas.” Para o arquiteto, “nessa nova dinâmica, as boas incorporadoras e escritórios de arquitetura já compreendem que possuem, juntamente com construtores, a corresponsabilidade pelo desempenho global dos empreendimentos que criam”.
 
“Além de cumprir uma exigência legal, essas empresas buscam criar produtos de melhor qualidade visando posicionamento de mercado e competitividade.” Contudo, segundo Nudel, a maioria dessas empresas “está concentrada em São Paulo”.

“A norma de desempenho e seus requisitos de conforto ambiental ainda são pouco disseminados nacionalmente, mesmo em algumas capitais brasileiras, e me arrisco a dizer que uma porcentagem majoritária de unidades habitacionais que produzimos em nosso país não cumpre com esses requisitos, seja parcialmente ou totalmente”, declara. “Esse cenário precisa ser mudado”, conclui o consultor.

  Análise de ofuscamento em Shopping Center
 
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PUBLICADO POR GLASSECVIRACON • DIRETORIA DE MARKETING: Claudia Mitne • APOIO: Filomena Florêncio Sousa
DIAGRAMAÇÃO: Arbore Editoração • CONTEÚDO: Auris Produções e Comunicações • JORNALISTA RESPONSÁVEL: Silvana Afram (MTb 14.950)
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